quarta-feira, 11 de abril de 2012

Puta que pariu

Sou vergonha. Revolta, protesto e raiva.
Sou grená, vagões, ferrovias, história
Sou Fordinho do gol primeiro e Pereira Lima da ferrovia
Sou Maritaca, Ney, Dudú, Bergantim, sou tantos...
Sou a alma do Bazani que chora. Honrosa, mas chora

Sou brava e forte, fênix renascida
Sou corrompida, usada politicamente, sou mulher dos interesseiros

Sou santa e puta.

Sou torcida, coração, amor, pulso.

Sou nervos, pelo, flor...
Sou Fonte Luminosa

Hoje sou velha senhora, 62 anos, cansada, amarga...

Me usaram e usam,

Foram embora. Não jogaram. Grana, status, prêmio, bicho ou dinheiro?
Prestem atenção: pra mim o futebol nunca foi um fim e sim um meio!

Hoje é meu aniversário e tenho um pedido a fazer
Quem não gosta gostado de mim, vai embora. Afasta.

Sou Ferroviária. E não negocio minha história.