quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Exagerado


Acabei de assistir o especial do Cazuza, no "Por toda minha vida", programa bem feito, construído e dirigido pelo Guel Arraes, na tv Globo.


Sempre ouvi o Cazuza. O inconformismo cético do poeta num primeiro momento e a melodiosa bossa no período pós-aids me acertavam a alma, sequiosa das respostas nos nostálgicos anos 80.

No especial da Globo vi que o Pedro Bial foi amigo de infância do Cazuza. Confesso que não sabia. O Bial é um texto e tanto. Poético, enxuto. A amizade explica-se aí, talvez.


Este breve relato é fruto da sensibilidade e das lágrimas que despendi durante o programa. Elas, as lágrimas, tem me acompanhado esses dias e os motivos são vários. De novos esses pequenos mistérios da vida. Mostram-me algo. Tomam-me algo.


Alguns esportistas-futebolistas devem estar se perguntando o que o Cazuza está fazendo no meu blog. É que falo de futebol e verbo. De vida.


Além do que, no dia em que ele morreu, um sábado (consulto, neste momento, apenas minha memória afetiva) era uma manhã linda em Araraquara e eu estava na arquibancada da Ferroviária, com meus colegas de time, esperando o início do treino. Mesmo com o cheiro da infância exalando na vida, senti uma tristeza profunda. Hoje me lembrei dela.




Sobre o último post - "O dia em que o céu se pintou de grená" - recebi comentários diversos e sinceros. Descobri famílias e revi amigos. Farei um post só sobre esses comentários.

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