sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Versão brasileira: homenagem fora de hora



Mais um tema que não fala diretamente de futebol. Mas fala de vida. Da vida de Herbert Richers, o pioneiro na dublagem de filmes no Brasi. Um empreendedor nato, que - em minha opinião - pode ser colocado no mesmo patamar de um Assis Chateaubrian

Quem, da nossa geração nunca foi assistir a um filme dublado e ouviu a voz onipresente do locutor, "versão brasileira- Hebert Richers" Pois é, este homem era real, existia até bem poucas horas.

O produtor de cinema Herbert Richers, dono da empresa que leva o seu nome e foi uma das pioneiras no ramo de dublagens no Brasil, morreu hoje aos 86 no Rio. Richards estava internado na Clínica São Vicente desde o último dia 8 e morreu em consequência de um problema renal.

O que chama a atenção e deu-me o mote de publicar aqui no blog é o fato de Richers ter nascido em Araraquara, no dia 11 de março de 1923. Em 1942 mudou-se para o Ri de Janeiro, onde fundou, em 1950, a companhia que leva seu nome. Atualmente, a empresa possui um dos maiores estúdios de dublagem da América Latina e é responsável por grande parte dos filmes exibidos em português no país.

Há cerca de 3 anos, o amigo jornalista Luis Augusto Zakaib, informou-me sobre a "cidadania" araraquarense de Richers. Pensamos em fazer um documentário, ou até roteirizar algo para algum veículo que comprasse a idéia. Ninguém comprou.

A idéia e os apoios também morerram.

E agora, ninguém vai fazer nada?

Tenho certeza que vai. Afinal, o homem morreu. E gostamos de homenagens póstumas.

Um comentário:

Orlando & Crônicas disse...

Olá, Rodrigo.

Somos um povo chegado a uma hipocrisia.
Geralmente só reconhecemos o valor e a importância de alguém depois que ele desaparece.
Você tem razão. Eu cresci ovindo aquela voz: "versão brasileira..."
Acho que não há um brasileiro que não a tenha ouvido.
Abraços.